15 de janeiro de 2021
Saindo do camping no Pico das Almas
Acordamos cedinho no nosso acampamento selvagem aos pés do Pico da Almas, tomamos café da manhã preparado pelo guia e amigo Dimitri de Igatu, da agência Chapada Trekking, desmontamos nosso camping e voltamos até onde o carro estava estacionado. Eu ainda estava mal do estômago e não conseguia comer quase nada no desjejum, claro que isso afeta nosso desempenho nas caminhadas.
Em linha reta, o Pico das Almas fica a mais ou menos 20 km do Pico do Itobira (1.970m de altitude, segundo mais alto do Nordeste), no município de Rio de Contas – BA. Mas de carro, pelas estradinhas do interior da Bahia, deu cerca de 40 km. Chegamos quase na ‘hora do almoço’ no estacionamento da entrada da trilha para o Pico do Itobira.
Início da trilha para o Pico do Itobira
Achei essa trilha bem mais fácil que a do Pico das Almas, pois é quase o tempo todo andando em trilha/picada, com pouco ‘trepa-pedra’. Logo no início da trilha há uma linda cachoeira para se refrescar. Eu ainda estava zoada do estômago e o mergulho que dei na água fria da cachoeira, melhorou bem meu astral.
Acampamento e muita chuva
Após quase 2h de trilha, o tempo começou a fechar e o guia decidiu que acamparíamos no camping selvagem aos pés da última subida ao Itobira e não no cume como previsto, por precaução. Assim que montamos nossas barracas a chuva caiu numa força assustadora. Era 16h da tarde e estávamos a 40 min do cume. Choveu a tarde toda e noite quase toda, foram 12 horas seguidas de chuva e ventos muito fortes. Decidimos subir ao cume na manhã do dia seguinte, para nossa segurança.
O jantar foi preparado pelos guias dentro de suas barracas e fizeram tipo um ‘prato feito’ e nos levaram até as nossas barracas. Formou-se um verdadeiro rio onde passava a trilha. Nossa guerreira (Nepal 2 da Azteq) resistiu bravamente, entrado pouca de água ao final de 12 horas de chuva intermitente e ventos fortes.
16 janeiro de 2021
Acordamos assim que clareou o dia e a chuva tinha dado uma trégua, mas estava uma cerração intensa e bem frio. Os guias decidiram que não faríamos o cume do Pico do Itobira e resolvemos voltar para o carro. Pois 12h de chuva intensa, poderia ter deixado a trilha mais perigosa. Ótima decisão, prefiro assim: segurança antes de qualquer feito pessoal, diferente de alguns coachs messiânicos por aqui na Mantiqueira.
Rumo a Catolés
Voltamos para o carro do guia e seguimos para a pousada de Rio de Contas, onde nosso carro estava. Pegamos o nosso carro e fomos até Catolés, a 114 km de Rio de Contas (2h30min), para a pousada que ficaríamos essa noite, pois no dia seguinte iríamos atacar o Pico do Barbado (pico mais alto do Nordeste 2.033m de altitude).
A estrada até Catolés estava boa e mesmo com carro 1.0 (Moby da Fiat alugado) conseguimos acompanhar o grupo. Na pousada pudemos desfrutar banho quente, conforto de uma cama e um jantar maravilhoso.