14 janeiro 2021 – Pico das Almas
Nossa última aventura na Chapada Diamantina, Bahia, consistiu em fazer os GIGANTES DO NORDESTE: Pico da Almas (1.958m o terceiro mais alto do nordeste), Pico Itobira (1.970m, o segundo mais alto do Nordeste) e Pico do Barbado (2.033m o primeiro mais alto do Nordeste). Começamos nossa aventura dos Gigantes do Nordeste pelo Pico das Almas e apesar de ser o mais baixo entre os 3, achei o mais técnico, lembrando que quando um pico é técnico, para mim, é um pouco mais difícil.
No dia anterior chegamos a cidade Rio de Contas e ficamos numa pousada indicada pelo pessoal da Chapada Trekking, que iria nos acompanhar nessa jornada. Saímos de Rio de Contas cedinho e fomos rumo a Livramento de Nossa Senhora, passando por Brumadinho BA. Levamos nosso equipamento de acampamento, pois teríamos pernoite em acampamento selvagem aos pés do Pico das Almas.
Chegando no acampamento
O dia estava com sol entre nuvens e até gostoso de caminhar. Deixamos o carro do guia em um ponto final de estrada e pegamos a trilha. A trilha até onde acamparíamos teve apenas uma subida forte, no restante o percurso foi em nível com leve subida e alguns trechos com pedras. Foram cerca de 1 hora com o mochilão até o acampamento. O local de camping era em uma grande planície ao lado de um córrego.
Subindo o Pico das Almas
Após deixar nosso material de camping no acampamento selvagem, seguimos rumo ao cume do Pico da Almas. Ao final da planície do camping começa a área com rochas e a velocidade de caminhada diminui, como esperado. Muitas pedras gigantes com formações curiosas. Formação rochosa muito parecida com a que encontramos na Serra do Cipó e Canastra.
Após cerca de 1 hora de caminhada desde o acampamento, começou a parte mais técnica. Escalamos um paredão, daqueles que você usa as mãos para se equilibrar e que quando olha para o lado do precipício, dá vertigem. Foi a parte mais difícil para mim, tanto na subida (que sofri por causa do meu mau preparo físico), tanto na descida (devido a vertigem de ‘olhar para baixo’). As pedras machucam um pouco as mãos, como nas pedras granuladas do Marins x Itaguaré, na Mantiqueira.
Eu estava um pouco mal do estômago já a alguns dias e não conseguia comer bem direito, principalmente no café da manhã. Por isso fiquei com mais vertigem.
Vou abrir um parênteses aqui: Esses dias recebi um comentário num dos vídeos meus do YouTube assim: ‘Como reclama essa tia, porque vai então’. Sabe, ri muito desse comentário, e nem respondi ele lá no YouTube. Mas no fundo magoou. Não pelo comentário e sim porque recebo hate de qualquer coisa que faço. Se eu falo que está fácil e que é de boa qualquer um fazer, recebo hate de pessoas que foram e acharam difícil. Se falo que está duro e que tive dificuldade, recebo hate por reclamar. Difícil viu? Por isso sempre escrevo que foi uma impressão minha e eu sou eu e você é você.
Cume do Pico das Almas
Chegando no cume a vista é linda demais. Ainda tivemos o prazer de receber uma chuvinha lá em cima. Ventava muito e fazia um pouco de frio. Ficamos lá em cima uns 40min, assinamos o livro de cume, lanchamos e descemos até o acampamento.
Descendo até o acampamento
Como disse anteriormente, a descida dá um pouco de vertigem na parte do precipício, mas é porque sou uma tia chata que reclama de tudo, risos. Tirando isso foi lindo poder olhar de frente os paredões de pedras daquele lugar mágico.
E porque o nome do lugar é Serra das Almas? Dizem que os índios que moravam por ali associavam as árvores secas na época da estiagem, que perdem suas folhas e ficam brancas, a almas penadas. Não sei se essa história é verídica, foi o que me disseram e eu vi em alguns sites.
Acampamento selvagem
Chegamos no acampamento as 18h. Andamos 9,6 km ao total no dia de hoje. Montamos nossa barraca Azteq Nepal 2 (guerreira), tomamos banho no córrego (sem sabonete ou xampu), jantamos (comida maravilhosa feita pelo guia e amigo Dimitri de Igatu), ficamos vendo as estrelas e fomos descansar. Noite maravilhosa! Viu? A tia aqui não reclama de tudo! 🙂
Veja o vlog dessa tia aqui: