29 de setembro de 2018
Saindo de Ponte Alta do Tocantins
Acordamos cedinho na Pousada Águas do Jalapão e tomamos um delicioso café da manhã. O novo guia da Cerrado Rupestre já estava a nossa espera. Ele ficaria conosco nos próximos 3 dias. Depois do café, andamos cerca de 15 minutos até a nossa primeira parada.
Cânion Sussuapara
Fica cerca de 15 km da cidade na estrada que vai para o Jalapão. Estivemos aqui em janeiro de 2013, na época das águas. Mas apesar de estarmos em uma época mais seca, o cânion nos pareceu ter mais água nessa visita. Acredito que não dependa da época do ano. As paredes do cânion são de arenito bem frágil, por isso evite tocá-las e construir totens de pedras brancas (lenda local).
Em 2013, apesar da propriedade ser privada, o cânion era aberto ao público gratuitamente e não contava com nenhuma infra estrutura. Agora paga-se R$ 15,00 por pessoa, com direito a escadas, corrimões e passarelas para a segurança de todos. A trilha do estacionamento até o cânion é curta e leva menos de 5 minutos.
Ao descer a escadaria ficamos dentro do cânion com paredes de 12 metros de altura. O mais interessante é a linda cortina que se forma com as raízes da vegetação lá de cima, que gotejam uma infinidade de água. Tudo lá em cima é tão seco e me pergunto de onde vem tanta água. O chão de pedras e areia, ora está seco, ora forma pequenas piscinas de água fria e cristalina.
Caminhamos até a pequena cachoeira ao fundo do cânion e o sol entrou por uma pequena fresta entre as pedras formando um feixe de raios dourados sem igual. Infelizmente algumas pessoas mal intencionadas picharam as frágeis paredes do cânion. Fico em dúvida se essa atitude é falta de conhecimento ou falta de educação.
Cachoeira do Lajeado
Alguns minutos depois do Cânion Sussuapara chegamos na Cachoeira do Lajeado. Linda queda de 20 metros de altura, em forma de várias cascatas e no final uma queda livre de 15 metros. As pedras que compõem a cachoeira é de uma coloração linda: avermelhada. Na parte de baixo, há um poço que deve ser bem gostoso o banho. Mas passamos aqui só para contemplar mesmo. O banho fica para uma próxima vez.
Cachoeira da Velha
Depois de muita estrada (mas muita mesmo) chegamos a Cachoeira da Velha. Sinceramente não sei se compensa vir até aqui. Só viemos mesmo porque o casal que nos acompanhava ainda não conhecia. Mas se você me perguntasse se valeria a pena ficar quase 4 horas no carro em estradas bem ruins (o pior trecho de todo o trajeto) eu diria que não! São 60 km ‘perdidos’.
Mas se você gosta de rafting daí vale a pena. Há uma empresa que faz o rafting no Rio Novo (Novaventura), nas corredeiras que saem da Cachoeira da Velha, de classe 4. Nosso instinto aventureiro não nos acompanhou nessa trip, então deixamos essa oportunidade passar.
Prainha do Rio Novo
Saindo da Cachoeira da Velha chegamos em um tranquilo trecho do Rio Novo onde se formou uma pequena e linda prainha. Ali nos banhamos e almoçamos. O guia nos presenteou com um delicioso banquete, com direito a paçoca de carne seca e abacaxi com sal e limão. Muita mordomia, hein?
Dunas do Jalapão
Já perto do final da tarde chegamos nas maravilhosas dunas vermelhas do Jalapão para ver o pôr-do-sol. Com o entardecer e a luz dourada do sol, as dunas ficam ainda mais vermelhas. Em 2013 na primeira vez que estivemos aqui, passamos pelas dunas pela manhã e confesso que a magia não é a mesma.
Outra mudança positiva é que agora há um caminho demarcado para acessar a parte de cima das dunas e vários guardas-parques controlando o fluxo de pessoas de chegarem na borda da duna. Apenas algumas pegadas na área proibida, que acreditamos ser de algum animal da região (cogitamos uma onça).
Chegando em Mateiros
Já era noite quando chegamos na pousada em Mateiros. Ficamos na linda Pousada Beira da Mata. Ótimas acomodações e excelente jantar e café da manhã. Para quem está acostumada a ficar em locais simples e barraca, essa noite me senti uma ‘dondoca’. As vezes é bom, não é mesmo?
Veja o vlog desse dia:
Discordo quando você disse que não vale a pena ir a cachoeira da Velha por causa da estrada. Vale muito à pena, mesmo que não se tome banho nela, o visual é deslumbrante, as fotos ficam maravilhosas, é uma cachoeira especial. Tudo vale a pena qdo não se conhece. Eu nunca vou pela opinião do outro em relação a viagem, gosto de conferir com os meus olhos e as minhas sensações. Já fui 4 vezes, e da última , este ano fiz o Rafting, sensacional! Eu simplesmente sou apaixonada pelo Jalapão.
Oi Marli.
Foi exatamente que escrevi.
Quem vai pela primeira vez, vale a pena.
Mas na minha opinião, a segunda vez ficou bem cansativo.
Só fomos pela segunda vez porque o casal que estava conosco não conhecia ainda.
O Jalapão é lindo!
Beijos e volte sempre!