21 de julho de 2018

Chegando no Parque Nacional do Itatiaia

Chegamos ao Posto do Marcão, uma das entradas do Parque Nacional do Itatiaia, às 6:30h da manhã e pegamos a senha 153. Infelizmente não foi dessa vez que conseguimos fazer as Agulhas Negras, um dos pontos mais altos do Brasil. A fila na entrada do Parque, que abre só às 7 horas, já estava enorme e por pouco não conseguimos uma senha mais baixa. Os primeiros da fila chegaram na portaria por volta das 4:30h. Mas não foi viagem perdida, decidimos então fazer o cume dos Prateleiras, que não é tão alto, mas é mais técnico que as Agulhas. Bora lá.

Estávamos sendo guiados pelo querido amigo Carlos Moura da Mantiex e seu grupo, como sempre, bem humorado e descontraído. Mais novos amigos para a lista de ‘gente boa da montanha’.

Base do Prateleiras

O caminho até a base dos Prateleiras é fácil e gostosa. O dia estava lindo e o céu parecia pincelado com nuvens brancas longas, o que deixava o lugar mais agradável. Estava frio e pelo caminho encontramos poças de água congeladas. No Abrigo Rebouças abastecemos nossas garrafas, único ponto de água do dia. Agora era só tocar para cima, bem seguros com nossas cadeirinhas e cordas de segurança.

A partir daqui é um eterno ‘sobe e trepa’ pedra bem legal. Passamos cavernas, buracos estreitos, pedras altas e vimos um visual incrível. Devagar a gente chega lá. Nesse trecho não há muita exposição e por isso fica divertido. É tanto movimento de braços e pernas que mexemos todos os músculos do corpo e isso é um exercício ímpar que em nenhuma academia você irá encontrar. É uma verdadeira escalaminhada.

As pedras que formam o Pico do Prateleiras parecem estar perfeita e milimetricamente encaixadas. A sensação é que um gigante passou por ali e brincou de equilibrar as pedras uma em cima da outra, como a gente brinca fazendo ‘totens’ por ai. Nos sentimos verdadeiras formigas andando por entre as pedras e qualquer descuido poderia ocasionar um acidente. Então, atenção redobrada!

Cordas de segurança

Já na parte final, prestes a chegar ao cume, vem a parte mais estressante para quem tem um pouco de medo de exposição, assim como eu. Cautelosa como sou e responsável que é o guia Carlos Moura é, decidimos colocar as cadeirinhas e subir encordados. Não tem como ficar inseguro com tanta proteção. Subimos tranquilamente e o medo se transformou em adrenalina que deixou a aventura ainda mais emocionante.

No cume assinamos o livro, lanchamos e curtimos por quase 20 minutos, uma das paisagens mais lindas do Parque Nacional do Itatiaia.

Descendo dos Prateleiras

Sempre digo que voltar é mais rápido e dessa vez não foi diferente. Como a gente já sabe onde fica os pontos mais críticos a gente relaxa e aproveita mais o visual e curte cada passo. Descemos super rápido.

 

 

Pousada Camping dos Lírios

Pegamos os carros e fomos até a pousada camping dos Lírios a 40 minutos da entrada do parque. Lá, armamos nossas barracas, tomamos banho e jantamos uma deliciosa sopa, especialidade do Carlos Moura. Estava frio e a sopa sempre cai bem nessas ocasiões. A pousada conta com sauna seca, banheiros bons, restaurante e cozinha comunitária. Fomos descansar, pois no dia seguinte tentaríamos chegar mais cedo para conseguir senha para as Agulhas Negras.

Veja o vlog desse dia de aventura: