02 de março de 2018
Rota Z
No dia anterior chegamos em São João Del Rei, cidade mineira de onde sairia nosso transfer até Itumirim, entrada da trilha da Rota Z, também conhecida como travessia Itumirim x Carrancas. Observe nesse print do Google Maps como essa travessia segue a linha de serras da região que lembram a letra ‘Z’, daí o nome: Rota Z.
Saindo de Itumirim
Nosso grupo estava com 10 pessoas e foi formado pelo guia e amigo Wladimir Loyola. A logística da van de nos levar até a entrada da trilha e nos buscar lá na saída da Serra de Carrancas foi toda negociada por ele.
Esse primeiro dia de trilha seria o mais curto, com apenas 8 km de distância e apenas duas subidas fortes. Como estávamos carregando nossas comidas para esses 3 dias de trilha e nossos equipamentos de acampamento, o ritmo foi fraco. Aliás, meu ritmo sempre é fraco, pois gosto de chegar ao destino no final do dia e de todo o percurso, com a mesma energia do início e é nessa hora que podemos distinguir aqueles que tem experiência e aqueles que não tem. Normalmente aqueles sem experiência em travessias chegam acabados ao acampamento no final do dia ou no final da travessia…
Logo no início da trilha atravessamos a linha férrea e dali em diante pegamos apenas picadas dentro de fazenda particulares, com direito a passagem em várias porteiras de limites entre as propriedades. Lembre-se sempre de deixar as porteiras do mesmo jeito que as encontrou. Normalmente estão todas fechadas e foi assim que as deixamos.
Serra da Estância
Após uma hora de caminhada chegamos a uma grande subida e foi bem cansativa. Um dos motivos foi que, assim que começamos a subir a serra, o céu que não estava nos seus melhores dias, resolver desabar em cima de nossas cabeças. Foram quase 30 minutos de uma chuva torrencial que simplesmente nos encharcou, desde o fio de cabelo até a unha do dedinho do pé. Foi gostoso pois refrescou, mas foi terrível ter que andar os próximos 2 dias com as botas molhadas… Chegou a me fazer conhecer o que são os calos, já que NUNCA tive um com nenhuma bota que já usei. Conclusão: o que me faz ter calos são os pés molhados!
Segunda subida da serra
Duas horas depois chegamos a segunda subida do dia. Essa tinha um desnível menor, mas tinha uma forte erosão que chegava até a dificultar na escolha do melhor caminho a se fazer. Com paciência chegamos ao topo.
A partir desse ponto comecei a observar a maior incidência de pedras e rochas características da região, com suas estruturas que todo agrônomo que ama de geologia gosta: “veios pegmatíticos e aplíticos, com diferentes graus de deformação, caracterizados por um bandamento metamórfico diferenciado e uma lineação de estiramento mineral de baixa obliquidade com superposição de zonas de cisalhamento de rejeito direcional destral dúctil-rúptil” . Em outras palavras, dobramentos lineares em diagonal ou apenas formações rochosas lindas! Risos! Muito parecido com as formações da trilha para a Cachoeira Bicame na Serra do Cipó.
Depois caminhamos sobre a crista dessa linda serra. O céu estava cinza bem escuro e uma nova tromba d’água estava prestes a cair. Meu maior medo são os raios, já que tivemos uma experiência negativa com eles em Bonito MS.
Chegando ao acampamento
Às 17:15h chegamos ao local de acampamento, depois de um pequeno ‘perdido’ que sofremos pelo caminho. Normal! Acampamos ao lado de uma casa abandonada e bem próximo a um riacho, onde pegamos água potável e pudemos nos banhar. A água estava fria e foi um presente poder se banhar nela, relaxando todos os músculos.
E você acredita que não choveu mais, mesmo com o tempo com essa cara feia? Bom, a chuva que ‘pegamos’ logo no início da trilha valeu por todos os dias. As fotos com esse céu cinza ficam muito mais bonitas…
Fizemos nosso jantar (macarrão com carne Vapza) e fomos descansar.
Veja o vlog desse dia de trilha pela Rota Z:
Veja todos os dias da Rota Z:
Dia 1 – Esse post
Gostaria de receber informações sobre a trilha, pois, tenho interesse em fazer
Oi Soraia. Segue o link do Facebook do guia que nos levou e tem saídas regulares para essa travessia:
https://www.facebook.com/tbr.montanhismo
aalexsandrasouzsesouza@hotmail.com ,quero saber valores e telefone do responsável
Vou te passar o link do Facebook do Wladimir Loyola, o guia que nos levou nessa travessia:
https://www.facebook.com/tbr.montanhismo