Travessia Salar de Uyuni – primeiro dia

27 de dezembro de 2017


Nota: Fechamos pela internet, antecipadamente, com a Agência Vulcano Expedições um pacote com a Travessia Salar de Uyuni (Bolívia) de 4 dias, saindo e voltando para San Pedro de Atacama (sendo o quarto dia reservado para viagem de volta), a subida ao Vulcão Lascar e Aucanquilcha. Na sede da agência em San Pedro eles não vendem a travessia Salar de Uyuni (vendem apenas pela internet). Mas fica a dica que compensa muito mais fechar pessoalmente em outras agências, pois o valor fica mais acessível. A Vulcano Expedições nos encaminhou para o pessoal da Skyline Traveller Uyuni, ótimos por sinal.


Acordamos cedinho e depois do ótimo café da manhã, tipo buffet, do Hostel Mamatierra, o pessoal da Skyline veio nos buscar pontualmente e seguimos até a aduana para fazer o trâmite de saída do Chile. Dependendo de como você entrou no Chile, não esqueça de trazer seu RG e papel da imigração ou passaporte. Nós gostamos de usar o RG, pois algumas vezes na aduana boliviana cobram para carimbar o passaporte.


O que levar para a Travessia Salar de Uyuni

Como passamos muito frio na primeira vez que fizemos essa travessia em 2009, levei roupas de frio de alta montanha e confesso que foi exagero. Mas vai saber né? Também levei meu saco de dormir, pois em 2009 ficamos em algumas pousadas sujas e com roupas de cama que quase nunca eram lavadas (fizemos com a Colque Tour naquela época). Mas dessa vez, não sei se foi por causa da agência que contratamos, ser um pouco mais ‘cara’, mas todos os alojamentos eram limpos e com boas roupas de cama. Nem usamos nosso saco de dormir.

Levei: 4 camisetas manga longa (proteção UV), um casaco pena de ganso, um anorak, um corta vento, 4 calças tipo legging, 4 pares de meia, 4 roupas íntimas, um biquíni, um cachecol, um gorro, um boné, um par de luvas, um chinelo, uma bota, uma toalha de rosto, produtos de higiene pessoal, lenços de papel, toalhas umedecidas, protetor solar UV 50, protetor labial UV 30, óculos de sol, equipamento fotográfico e filmagem, power bank.


Lá pelas 10 horas já estávamos na aduana boliviana. A fila estava grande mas até que foi rápido. Havia uma norte americana conosco e ela precisou pagar U$80 para entrar na Bolívia! Absurdo! Coisas da falta de diplomacia entre os dois países. Ali mesmo o pessoal da Skyline fez um delicioso café da manhã para a gente!

Em seguida fomos direto para a entrada do Parque Nacional Eduardo Avaroa e lá pagamos 150 Bolivianos por pessoa, ingresso de entrada no parque.

Laguna Blanca

Nossa primeira parada do dia nessa linda laguna. Tem essa coloração pois possui poucos sais dissolvidos em suas águas. Reflete as montanhas ao fundo em suas águas calmas e espelhadas. Fizemos uma caminhada de 10 minutos curtindo muito essa paisagem. Ventava um pouco mas não estava frio.

Laguna Verde

Desde sempre essa laguna foi minha paixão. Infelizmente na primeira vez que estivemos aqui, por ser muito cedo (pois fizemos a travessia invertida, de Uyuni à San Pedro de Atacama), não pudemos ver a coloração verde de suas águas. O vento é muito forte pela manhã e causa marolas na superfície da laguna, deixando sua coloração branca. Mas desta vez, como era quase meio dia, sua cor estava num tom de verde água lindo! Pena que chegou uma nuvem de chuva/neve que encobriu o sol e sua cor não ficou por muitos minutos tão expressiva.

Segundo o guia a coloração dessa água se deve a presença de cobre e arsênio. Talvez por isso não vimos flamingos nessa laguna, já que o arsênio é venenoso.

Ao fundo da Laguna Verde a gente pode avistar o esplêndido Vulcão Lincancabur que se destaca em seu cone quase perfeito no horizonte. Dessa vez ele não estava nevado!

Deserto Salvador Dali

Uma paradinha no deserto, no meio do nada para apreciar as montanhas ao fundo que são bem coloridas. Parecem mesmo uma pintura delicada, formando cores em camadas nos tons pastéis. Não lembro de ter passado por ali em 2009. Foi nesse momento que o divertido guia Ariel (condutor e guia do nosso carro) nos falou que iríamos fazer uma rota diferente da que fizemos em 2009. Em 2009 viemos por San Juan e agora fomos por Villa Mar. Incrível poder conhecer essa travessia por duas rotas diferentes!

‘Nosso’ carro na Travessia Salar de Uyuni

Piscinas Termais de Polques

Duas piscinas com uma vista linda para uma laguna e um salar, com águas beirando os 40ºC. Para usufruir dessas águas calientes você paga 6 Bolivianos por pessoa. Preferimos ficar de fora para poder fotografar e registrar os arredores. Nesse mesmo local o guia nos preparou e serviu um delicioso almoço. Bem servido! Diferente dos almoços de 2009 que eram pouco fartos e muitas vezes passei fome. Inclusive nesta travessia trouxe algumas guloseimas pensando na falta de comida pelos 4 dias e quase nem precisei delas.

Gêiser Sol de la Mañana

Uma pequena área de gêiser que por ser tarde do dia e estar mais calor, nem havia tanta fumarola assim. Quando passamos por aqui em 2009, era cerca de 6 horas da manhã e aí sim estava com muita fumarola e cheiro de enxofre forte no ar. Tanto é que na época tinha gostado mais desse gêiser que o próprio El Tatio em San Pedro. Mas dessa vez só havia um ponto com fumarola intensa. Mesmo assim o local é lindo! Ver a lama borbulhando e as cores suaves nos tons pastéis é incrível.

Segundo o guia, não podemos ficar mais de 30 minutos ali, pois a inalação de enxofre é prejudicial à saúde. Ainda mais a quase 5 mil de altitude, onde o oxigênio já é rarefeito.

Laguna Colorada

A quase 5 mil metros de altitude fica essa laguna que em 2009 me impressionou com sua beleza rara. Mais uma vez fiquei chocada com sua coloração. Desta vez, ela não estava azul e vermelha e sim meio rosa alaranjada fosca, contrastando com algumas partes brancas que segundo o guia é bórax. A sua coloração avermelhada se deve a micro algas que vivem ali, que por sinal são um dos alimentos preferidos dos flamingos.

Fizemos uma caminhada de 40 minutos e foi nessa hora que me ‘deu ruim’. Talvez por ser o primeiro dia de aclimatação, fiz esforço a 5 mil de altitude, fiquei com muita dor de cabeça e enjoada. Normal, eu sendo eu mesma…

 

Alojamento em Mallcu Villamar

Chegamos no nosso alojamento. Muito limpo e com boa roupa de cama. Havia um banheiro compartilhado (as portas das duas privadas eram separadas por cortinas de plástico, nada privativo) e com banho quente! Sim, chuveiro elétrico! Banho por 10 Bolivianos. Uhu! Claro que usufruímos dessa regalia!

O jantar foi uma ótima macarronada com cogumelos. A quantidade estava boa, mas eu repetiria mais um prato. Risos!

Fomos descansar. Quando me deitei senti uma pressão na cabeça e logo percebi que a noite seria longa. Mesmo estando a 3.900 m de altitude passei mal quase a noite toda. O que me aliviava era dormir sentada na cama. Aliás, depois conversando com o guia do Lascar e Aucanquilcha (Christian da Vulcano Expedições) ele me esclareceu que em alta montanha recomenda-se dormir sentado mesmo, pois a pressão na cabeça diminui e você descansa melhor. Incrível essas experiências que eu tenho e faço empiricamente e depois descubro a verdade teórica sobre o assunto. Surpreendente mesmo!

Veja o vlog desse dia!

Veja a aventura completa nesse menu:

Dia 1 – Pukara de Quitor

Dia 2 – Travessia Salar de Uyuni primeiro dia  Saindo de San Pedro de Atacama (esse post)

Dia 3 – Travessia Salar de Uyuni segundo dia

Dia 4 – Salar de Uyuni: alagado

Dia 5 – Piedras ojas e Lagunas Altiplanicas

Dia 6 – De bike no Valle de la Muerte em San Pedro de Atacama

Dia 7 – Vulcão Lascar 5.500m

Dia 8 – Base do Vulcão Aucanquilcha em Ollague

Dia 9 – Subindo o vulcão Aucanquilcha 6.177m

2 comentários sobre “Travessia Salar de Uyuni – primeiro dia

    1. Admin Autor da Postagem

      Oi Virginia.
      O passeio de 4 dias e 3 noites com tudo incluso (pernoite, transporte e alimentação) custou U$200 e trocamos mais U$50 em Pesos Bolivianos para pagar a entrada do Parque Eduardo Avaroa e gastar com guloseimas.
      Só isso!
      Beijo
      Carla

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