22 de outubro de 2017
Hoje fomos até o Setor Serra Branca no Parque Nacional Serra da Capivara, que fica em São Raimundo Nonato no Estado do Piauí. Esse setor é pouco visitado, quando comparado aos acessos dos outros setores, Pedra Furada, Desfiladeiro da Capivara e Serra Vermelha.
Chegando no Setor Serra Branca
Pegamos a PI 140 que sai de São Raimundo Nonato sentido Canto do Buriti, cerca de 40 km e chegamos a entrada do parque. Como nas outras entradas fomos recepcionados na portaria por funcionárias e pagamos a entrada de R$ 16,00 por pessoa, ingresso válido para o dia todo.
Esse setor tem mais de 300 sítios arqueológicos e destes mais de 20 são abertos para visitação ao público (todos guiados por condutor credenciado do parque).
Toca da Igrejinha, Caboclinho e Mulungu
Estacionamos o carro próximo a estrada e fomos caminhando por uma trilha até as tocas. Vale lembrar que todas as estradas e trilhas que andamos dentro do parque estão em perfeito estado de conservação.
Nessas tocas (e em algumas outras) há algumas casas de pedra que foram utilizadas por agricultores até o final da década de 60, antes da criação do Parque Nacional. Além das moradias podemos avistar fornos de farinha. As fogueiras que acendiam debaixo das tocas danificou um pouco as pinturas rupestres, mas o trabalho perfeccionista da equipe da Dra. Niéde Guidon recuperou quase a totalidade delas.
Olho d’água da Serra Branca
No meio da caatinga, a quase oito anos sem um boa temporada de chuvas, há uma nascente incrível! A água sai do meio das rochas, é fresca e potável. Uma benção para o povo que ali habitava até a década de 70.
A partir desse ponto, com as garrafinhas abastecidas, fomos fazer uma trilha de quase uma hora passando por várias vistas panorâmicas com as formações rochosas da Serra Branca. As pedras possuem uns tipos de furos que lembram a um grande queijo suíço. Muito incrível! Nunca vimos nada igual aqui no Brasil.
Toca do Juazeiro da Serra Branca e do João Sabino
Na Toca Juazeiro da Serra Branca é a última toca que foi ‘abandonada’ pela família no final da década de 60. Quando os trabalhos Franco-Brasileiros dos arqueólogos começaram na região, eles ainda habitavam a toca. Próxima ao olho d’água faziam suas roças, cultivavam a maniçoba e retiravam sua seiva para fazer borracha.
Na toca do João Sabino era realizada uma festa do dia 15 a 23 de junho (dia de São João) com muita comida, forró e alegria. Era uma festa tradicional e toda a população entorno vinha se divertir.
Toca do Caboclo e Extrema
Subimos por cima da Toca do João Sabino e pegamos uma trilha de quase uma hora até a Toca do Caboclo. Linda vista lá de cima!
Toca do Conflito
Uma das tocas mais legais de se chegar, pois temos que escalaminhar uma parede. Foi nesse momento, já próximo ao meio dia, que o relógio do Elio marcou 45 graus de temperatura. Pior não era o sol na cabeça, nem o calor que emanava das rochas. E sim ter que beber água quente para se refrescar! Impossível! Sofremos muito!
Toca do Sobradinho e Pinga do Boi
Já no final do dia fomos conhecer mais algumas tocas, entre elas a do Sobradinho e Pinga do Boi. A Toca do Sobradinho é linda, tem uma vista espetacular do parque. Mesmo não sendo mais o sol do meio dia, ainda estava quente e ficar ao sol era um sacrilégio.
Voltamos a comunidade Zabelê e fomos fazer nossa refeição no final da tarde. Voltamos a São Raimundo Nonato e fomos descansar.
Veja o vlog desse dia:
Élio e Carla, boa noite! Tem sido muito útil as dicas de vocês sobre o PARNA Serra da Capivara. Pretendo na próxima semana conhecê-lo de perto. Solicitaria mais uma importante informação de vocês: o nome/contato do guia que os auxilou, bem como a referência do hotel em São Raimundo Nonato onde também possa hospedar-me por uns dias. Sei que na “internet” se consegue relativamente fácil tudo isso, mas preferi ouvi-los. Muito grato pela atenção e parabéns pelos relatos e imagens das aventuras. Um abraço,
Oi Mauricio!
Desculpe a demora em responder, estávamos em viagem.
Segue o contato do guia Zezão pelo Facebook:
https://www.facebook.com/profile.php?id=100014757156882
Sobre o hotel, ficamos na Pousada Progresso, mas não recomendo.
Muito barulho na noite de sábado, até as 4 horas da manhã e o pessoal da recepção não tomou atitude nenhuma…
Boa viagem e divirtam-se!
Obrigada pela visita e volte sempre!
Abraço
Carla