Segunda vez em Torres del Paine

Essa é a nossa segunda visita ao Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. Em 2010 viemos pela primeira vez e fizemos passeio de carro pelo parque e duas pernas do Circuito ‘W’: o Glaciar Grey e as Torres. Em 2011 tentamos voltar ao parque para fazer o Vale do Francês, mas foi bem na época do grande incêndio e o parque ficou fechado aquela temporada inteira. Desta vez, planejamos tudo para conseguir fazer o Circuito Maciço Paine ou como é mais conhecido entre os brasileiros: o Circuito ‘O’, bem devagar, em 9 dias, sem subir até as Torres, já que a conhecíamos.

Planejamento e reservas

Sim! O sistema de reservas para entrar no parque está funcionando. Vimos muitos mochileiros voltando da Guarderia Coríon por não terem as reservas ou impressas ou em documentos digitais em tablets e celulares.

Nosso planejamento começou em outubro de 2016, quando abriram a temporada e pelo Twiter do parque foi avisado que a partir dessa temporada 2016/2017 só poderiam fazer o Circuito ‘W’ e ‘O’ aqueles que realizassem as reservas dia-a-dia com antecedência.

No início achamos essa nova norma terrível, pois os refúgios e acampamentos dirigidos pela empresa Vértice, foram difíceis de conseguir reservar e pagar via Brasil. Mas depois, já dentro do circuito, até concordamos que estava tudo muito mais organizado e que as reservas antecipadas foi uma ótima decisão, pois todos que estavam ali obrigatoriamente tinham que se planejar e seguir seu planejamento, deixando de fora aqueles mochileiros desavisados e desorganizados.

Também no planejamento resolvemos jantar e tomar o café da manhã em todos os refúgios particulares para poder levar o mínimo de peso possível na trilha. Por isso, levamos apenas 4 refeições e 4 desjejum. O peso total de cada cargueira ficou cerca de 15 quilos a minha e 23 quilos a do Elio.

A sequência dos acampamentos foram:

Clique na foto para acessar o relato completo e lindas fotos do dia

Dia 1 – Acampamento Central ou Las Torres – privado – Fantastico Sur – serve jantar e café da manhã (este post)

Dia 2 – Acampamento Serón – privado – Fantastico Sur – serve jantar e café da manhã

Dia 3 – Refúgio Dickson – privado – Vértice – serve jantar e café da manhã. Ficamos no Refúgio pois no site da Vértice não conseguimos pagar o camping. Erro do sistema deles.

Dia 4 – Acampamento Los Perros – privado – Vértice – não serve refeições e não tem ducha quente

Dia 5 – Acampamento Paso – público e gratuito, mas necessita reserva/permissão. Não serve refeições e não tem ducha

Dia 6 – Acampamento Grey – privado – Vértice – serve jantar e café da manhã

Dia 7 – Acampamento Paine Grande – Vértice – serve jantar e café da manhã

Dia 8 – Acampamento Italiano – público e gratuito, mas necessita reserva/permissão. Não serve refeições e não tem ducha.

Dia 9 – Acampamento Central ou Las Torres – privado – Fantastico Sur – serve jantar e café da manhã

As reservas com a Fantastico Sur e os acampamentos públicos foram fáceis de conseguir reservar via internet com antecedência. Já as reservas pela Vértice foram um sufoco tanto pela desorganização do site, mal atendimento on line e bugs na hora de comprar e pagar as reservas. E o problema não foi só conosco. Todos que conhecemos pela trilha também reclamaram do atendimento do pessoal da Vértice. Por isso se prepare para sofrer um pouco nas mãos deles. Dica: comprar pelo cartão de crédito do Santander.

Vestuário e Equipamentos

Esse vídeo mostra exatamente o que levamos de vestuário e equipamentos para fazer a travessia.

Além disso levamos: saco de dormir confort 0º e colchonete Ultra Light A 200 da Quechua, liner Thermolite Extreme da Sea to Summit, fogareiro, gás pequeno (compramos em Puerto Natales, já que não se pode embarcar no avião com eles), panelas, pratos, canecas, talheres, barraca Nepal Azteq, comida, kit higiene e kit medicamentos.

Chegando em Torres del Paine

11 de janeiro de 2017

Saímos de São Paulo em um voo até Punta Arenas com escala em Santiago. Em Punta Arenas pegamos um ônibus da Bus Sur até Puerto Natales e de lá outro até o Parque. Levamos quase 3 dias desde a saída de casa até o Parque, pois os horários das passagens não estavam sincronizados.

Chegamos no Parque, descemos na Laguna Amarga e na Guarderia pagamos a entrada do parque (21.000 Pesos Chilenos por pessoa) e assistimos a um vídeo de como se comportar no parque.

Pegamos um transfer até o acampamento Las Torres (Central) por 3.000 Pesos Chilenos por pessoa, para não andar cerca de 7 km sob sol na estrada de chão.

Chegamos no acampamento, armamos a barraca e fomos jantar no Refúgio Las Torres. O camping é ótimo, chuveiro quente 24 horas e pode cozinhar apenas em cima das mesas que tem espalhadas na área de camping.

Fomos dormir cedo para encarar a caminhada de 9 km do dia seguinte.

Acampamento Central

Veja o vlog desse dia: