Chegando na Gruta de Lancinha
21 de novembro de 2020
Em Rio Branco do Sul, a 30 km de Curitiba, fica a Gruta de Lancinha. Fomos visitá-la com o pessoal da Ana Wanke. Fomos com nosso carro próprio, devido a Covid 19 estamos evitando andar em vans e ônibus, já que é considerado aglomeração. Usamos máscaras nos momentos em que o grupo se reunia para uma parada.
Lancinha é a terceira maior caverna do Paraná, tem 2,8 km de extensão (que se pode caminhar e explorar como visitante) e foi formada a aproximadamente 600 milhões de anos atrás.
Recomendamos guia para essa jornada, já que é fácil se perder lá dentro, pelas várias rotas disponíveis. Sua entrada fica em uma propriedade particular. O rio Lança passa por dentro da gruta/caverna e por isso esse complexo tem o nome de Lancinha.
Após uma pequena trilha, de 10 minutos, chegamos a entrada da caverna que é grandiosa e em declive acentuado, propício a escorregões, principalmente se tiver chovido na noite anterior (recomendo descer de bumbum).
Dentro da caverna
Assim que entramos, por um declive acentuado, já começamos ouvir o som das águas do rio Lança. Prepare-se para molhar os pés, pois quase todo o trajeto é feito dentro da água. Quando fomos, o nível da água estava baixo (longo período de estiagem na região), mas o guia disse que há tempos em que o nível eleva consideravelmente.
É muito estranho andar só com a iluminação das nossas lanternas. No início, temos uma atenção redobrada e cada passo é milimetricamente calculado, depois de alguns minutos a gente se solta e tudo fica mais divertido.
Saindo da caverna
Nessa primeira etapa, atravessamos a caverna pela via ‘mais fácil’. A saída é grande e em meio a floresta, em um vale fundo. Subimos a encosta e voltamos a estrada. Pela estrada acessamos a outra entrada da caverna, parte essa que o guia disse ser mais radical. Mas antes, fizemos um almoço/lanche em meio a mata, na segunda entrada da caverna.
Segunda etapa: nível difícil
Entramos na segunda entrada e já encontramos o rio. Nesse trecho temos 2 etapas difíceis, que necessita equipamentos de segurança, como cadeirinha para fazer um rapel e uma escada de cordas para descer uma falha na rocha de quase 3 metros de altura.
Mesmo com meu medo de ‘ficar pendurada por uma corda’, consegui realizar esse trajeto com sucesso e confesso que fiquei orgulhosa do meu desempenho. Na verdade, foi muito divertido!
Grande aventura
Saímos pela mesma saída da etapa anterior, pois lá dentro da caverna, as duas vias se encontram. Quando passamos pela segunda vez em alguns trechos, senti que foi bem mais fácil transpassá-los. Conclui que vamos ‘pegando’ confiança pelo caminho. Isso se chama experiência e é muito importante sairmos da zona de conforto e encarar esses obstáculos, porque realmente eles ficam mais fáceis depois de cada superação. Sempre foi assim comigo.