Salar de Antofalla – Catamarca (Argentina)

01 de junho de 2013
Acordamos cedo e depois do café da manhã (Complejo Pucara reservado pela agência Corona del Inca) seguimos com o nosso
guia Rafael para o norte de Antofagasta de la Sierra até o Salar de
Antofalla. A estrada é linda e no ponto mais alto da estrada há um totem de
pedras onde os viajantes depositam vinho, comida e balas para agradecer a boa
viagem. Isso a 4600 m de altitude.

 

 

 Oferendas para uma boa viagem no ponto mais alto da estrada
 Ponto mais alto do caminho
Passamos por uma fazenda de Llamas na Vega los Colorados, um pouco antes de descer até o salar.

 

Depois começamos a descer até o salar que fica a 3.400 m. A
vista do salar de cima da montanha é impressionante, com seus imponentes 150 km de extensão e 20 km de largura é o mais comprido salar das Américas. A diferença de salar e
salina é que no salar encontram-se vários tipos de sais e nas salinas apenas o
sal de cozinha. Neste salar há sais de boro, lítio e potássio, além do sal de cozinha comum. A Vale do Rio Doce tem uma área de extração por lá.
O Salar Antofalla pelo Google Maps

 

 

 

Jorge, Carla e Rafael: uma lembrança do salar. Ao fundo o vulcão Antofalla 6.437 m.
O salar e o povoado de Antofalla fica aos pés do Vulcão Antofalla, ainda ativo, de 6.437 m de altitude. Possue 3 picos e sua subida é feita por muitos escaladores. Para tal aventura é preciso 5 dias e um guia local.

 

 Povoado de Antofalla (cerca de 40 habitantes)

 

Chegamos no povoado de Antofalla as 13 h e almoçamos uma
maravilhosa milanesa de Llama em uma casa de família, que atende os visitantes da região. Depois passamos por um local onde há uma jazida de vidro vulcânico. Depois passamos pelos Ojos del Campo, um inacreditável agrupamento de lagos de coloração distintas: laranja, azul e preto, no coração do salar. Muitos outros lagos estão secando…

 

 

 

Seguimos na encosta do salar e entramos em um vale chamado Paraje de Botijuela, onde há um geiser extinto e um lago de águas termais, mas infelizmente não conseguimos seguir porque a estrada
estava com um trecho com muito gelo. Neste local mora um senhor sozinho no meio do nada…

 

 

Seguimos rumo a casa da D. Catalina, uma senhora que vive com
seu esposo no meio do nada, em uma quebrada linda que tem um micro clima
particular. Lá ela planta batata doce, maça, uvas, cria ovelhas e gado. Lá que fica também a uma base da Vale do Rio Doce que faz extração de lítio no salar. Dona
Catalina é uma graça, vive uma vida muito humilde. Me emocionei ao ver sua
necessidade por doces e roupas. Dei a ela todos os doces que tinha na mochila…
Sua alegria me contagiou… O guia Rafael disse que D. Catalina matou a anos
atrás um puma a pedrada, que estava atacando um de seus vários cachorros… Que
coragem!
 Casa D. Catalina: a guerreira do salar
Seguimos de volta a estrada e subimos as montanhas por outro
passo, mais baixo (4.400m) mas mais íngreme. A estrada é muito bonita e as paisagens desértica nunca se repetem, formando lindos cenários a cada minuto.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Chegamos em Antofagasta de la Sierra as 18:30h,
junto com o entardecer. Jantamos na Hosteria Municipal uma macarronada caseira deliciosa.
Fomos descansar.

 

Nossa rota, cerca de 220 km rodados
Nossa rota, cerca de 220 km rodados

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