02 de janeiro de 2020
Saindo de Salto Superior (4300m)
Acordamos cedinho e o dia estava lindo. Tomamos café da manhã reforçado e delicioso que o pessoal do Gente de Montanha preparou para a gente e começamos a arrumar nossas coisas para levar ao acampamento Hoyada, campo base do Cerro Plata, a 4700m de altitude. Lá pelas 10h as nuvens chegaram e o céu ficou nublado quase o resto do dia inteiro.
No dia anterior , tínhamos subido até lá para aclimatar e descido de volta à Salto Superior. Deixamos algumas coisas lá em cima, como minhas roupas de cume, botas duplas, crampons e polainas. Hoje levaríamos nosso saco de dormir, isolante, roupas para dormir e a barraca.
Saímos de Salto por volta das 11h e chegamos bem rapidinho em Hoyada, cerca de 2 horas de subida. Meu desempenho foi bem melhor, devido estar com botas de trekking e não as botas duplas que não sou acostumada a usar.
Minha pressão arterial pela manhã estava 15 x 9 e tinha até cogitado em não subir, mas os guias acharam melhor eu tentar e ver como minha pressão se comportaria aos 4700m.
Chegando em Hoyada
O dia nublado não nos motivou a fotografar ou filmar muito. O alcance da nossa vista era curto e as lindas montanhas nevadas ao fundo (Vallecitos e Rincon) ficaram quase sempre encobertas o tempo todo.
Já em Hoyada, montamos nosso acampamento, comemos e ficamos o resto do dia descansado, pois sairíamos na madrugada para o ataque ao cume.
Medi minha pressão: 16 x 10. Droga! Não abaixava por nada. Cortei a comida salgada, bebi litros e mais litros de água, tomei diurético e até comprimidos específicos para pressão alta e nada de abaixar… Decidi não ir até o cume no dia seguinte… Decisão difícil, mas não queria forçar demais meu coração que a mais de uma semana estava trabalhando sob alta pressão.
Jantamos mais cedo e fomos descansar.