23 de fevereiro de 2019
Chegando em Salta
Há muito tempo queríamos conhecer a região de Salta e Jujuy, no norte da Argentina, e ao mesmo tempo conciliar nossa aclimatação, para fazer alguns vulcões no Atacama no Chile. Chegamos um dia antes à cidade e o que mais me surpreendeu é que a cidade de Salta é extremamente verde! Sempre via fotos dessa região com exuberantes desertos e chegar na região dentro de um lindo vale verde me impressionou demais.
No dia que chegamos em Salta, fomos conhecer algumas igrejas e seu lindo centro histórico. Muitas praças arborizadas, vários cafés nas ruas e pessoas bem simpáticas. Uma cidade bem agradável. Pena que chegamos depois das 18:30h e o Museu de Arqueologia de Alta Montanha, onde ficam as crianças múmias encontradas no vulcão Llullaillaco, estava fechado.
Caminho a Tolar Grande
No dia seguinte, o guia da agência ‘De Altura Viagens e Turismo’ veio nos buscar no hotel para seguirmos até o povoado de Tolar Grande, a 357 km da cidade de Salta e a 230 km de Antofagasta de la Sierra, lindo trecho do Puna Argentino que já conhecemos em outra oportunidade. Levamos cerca de 10 horas para fazer todo o trajeto.
Quebrada del Toro
Na estrada podemos ver claramente o momento que saímos do rico e verde vale que compõe Salta e entramos em uma área mais desértica e com muitos cactos. A mudança é bem brusca, de um jeito que não estamos acostumados aqui no Brasil.
Santa Rosa de Tastil
Nossa primeira parada foi nessa simpática vila de Santa Rosa de Tastil, que fica na Província de Salta a 100 km da capital. É uma vila de 1860 que ainda tem suas características indígenas.
No local há uma área de venda de artesanato produzido pela população local, uma linda igreja, sanitários públicos, lanchonete e o Museu Regional de Tastil, que conta com peças indígenas de seus antepassados. No vídeo de hoje você poderá conhecer um pouco mais desse museu.
Paso Abra Blanca
Continuamos o caminho e 1 hora depois de sair de Santa Rosa de Tastil, passamos pelo primeiro paso do dia: o Abra Blanca, com 4080m de altitude. Logo depois do paso há uma área para estacionamento e ali podemos apreciar a paisagem em um mirante. Também há vendedores de artesanato no local.
Santo Antônio de los Cobres
Após 1 hora e meia depois do Paso Abra Blanca, chegamos ao nosso local de almoço, em Santo Antônio de los Cobres. É o maior município de toda essa nossa trajetória, solitário no Puna Argentino. O almoço foi em um dos restaurantes da cidade, recomendado pelo guia.
Paso Alto Chorrillo e Salar de Pocitos
O Paso Alto Chorrillo foi a maior altitude que chegamos no dia de hoje (4560m) e nem preciso dizer que eu estava já com dor de cabeça e enjoada. Na parada que fizemos no paso, desci do carro, corri para atrás de uma pedra, e vomitei todo o meu almoço. Depois disso, melhorei 100%, como sempre. Bom, pelo menos já estava aclimatada…
Depois seguimos nessa estrada até o Salar de Pocitos, um pequeno salar de coloração incrível no meio de todo aquele deserto. Na vila paramos em uma lanchonete para tomar um café.
Sierra Siete Curvas
Pelo caminho há muitas paisagens desérticas, lindas, com sua coloração vermelha em contraste com o céu azul. Passamos por uma área de pequenos montes e o guia parou para subirmos até um deles e ver a vista lá de cima.
Deserto del Diablo
Um pouco mais a frente o guia parou em um ponto lindíssimo no alto de uma serra e lá de cima pudemos avistar uma linda laguna seca: Deserto del Diablo. As fotos ficaram sensacionais.
Tolar Grande
Finalmente chegamos à vila de Tolar Grande, a 3400m de altitude. Esse vilarejo fica no meio do Puna Argentino, isolado de tudo e todos, numa área chamada Deserto do Diabo. Ficamos hospedados na Hosteria Casa Andina, em um quarto com cozinha e banheiro privados. Mas o mesmo local conta com um alojamento com mais de 15 beliches, um quarto para homens e outro para mulheres, com um valor bem mais em conta.
Como era final de tarde saímos para conhecer a cidade e tirar algumas fotos da estação de trem, da igreja, do cruzeiro e das ruínas do povoado antigo da vila. Depois fomos jantar no único restaurante da cidade, simples e gostoso. Como o dia foi longo, fomos descansar.
Veja o vídeo desse dia
Olá… eu e minha esposa vamos de carro daqui de SC para o Atacama, mas uma parte importante da nossa viagem seria conhecer justamente a região de Tolar Grande. Nós temos um SUV mas que não é 4×4, muitos relatos falam em 4×4, mas quando vemos fotos e vídeos as estradas nos parecem tranquilas, assim como falaram muito em 4×4 ser necessário na patagônia e quando fomos não usamos nenhuma vez. Poderia por gentileza nos dizer se existe realmente essa necessidade para se chegar em Tolar Grande ?
Muito bom seu relato, obrigado por compartilhar.
Olá Willian. Obrigada pelo carinho. Bom, as estradas são boas até Tolar Grande, não vi necessidade de usar 4×4 em momento algum nas estradas. Agora se você quiser trafegar fora das estradas tradicionais, ai sim precisaria de um 4×4.
Espero ter ajudado.
Grande abraço e boa viagem.
Carla
Oi Carla, muito obrigado pelo seu retorno. Ficamos contentes com a resposta, pois esta parte da viagem é a que menos encontramos informações. Agradeço a atenção.
De nada. Volte sempre