22 de janeiro de 2019
Último dia da trilha Baia Wulaia
Acordamos cedinho e apesar da chuva e vento da madrugada, tudo estava seco e tranquilo, querendo abrir um dia lindo de sol. Tomamos nosso último café da manhã dessa jornada, desmontamos o acampamento e seguimos rumo a estrada ao lado da Puente Lum, na casa da Dona Maria. Nossos guias da BackPaking Brasil estavam conosco.
O caminho estava bem fácil, já que era basicamente só descida no meio do bosque. Foram só 4 horinhas até a casa da Dona Maria. Passamos novamente na área que no primeiro dia tínhamos nos desorientado um pouco, mas destra vez, encontramos as marcações vermelhas com duas listras amarelas nas árvores e foi bem mais fácil.
Já na estrada, esperamos nosso transfer até Puerto Williams, que chegou pontualmente no horário marcado.
Deixando a Ilha Navarino
Fomos até o único hotel da cidade, bem chique por sinal e pernoitamos ali. No dia seguinte pegamos o único vôo da DAP até Punta Arenas e de lá Para Santiago e São Paulo.
Impressões desse destino
O que falar dessa aventura! Foi a primeira vez que caminhamos a maior parte da trilha sem orientação, apenas com o GPS e a memória dos guias e confesso que foi emocionante! Sempre fui muito medrosa em me perder no estilo ‘vara-mato’ e nesses 4 dias parece que superei esse medo. Aliás, foi até gostoso ajudar na orientação e ter sucesso várias vezes. A sensação é bem boa. Quero aguçar mais esse meu ‘dom’ de navegação/orientação adormecido por todos esses anos, por causa do conforto em caminhar sempre com guias e trilhas demarcadas.
Sobre a trilha, ela é totalmente diferente de Dientes de Navarino. Então se você quiser uma aventura a mais na Ilha Navarino, recomendo fortemente, pois são paisagens, clima e sensações distintas. Realmente outro mundo no fim do mundo. Mas muito CUIDADO! A trilha não está bem demarcada! Sugiro um guia ou um bom GPS ou mapas altimétricos da região.
A Baia Wulaia é bem mais inóspita que Dientes de Navarino e por isso terá um lugar especial aqui nas minhas memórias. Pisar no primeiro lugar onde Charles Darwin chegou na Terra do Fogo foi mágico e incentivador. Andar por lugares onde poucas pessoas já andaram me deixa muito feliz e com a sensação de querer mais e mais. E pensar que temos tantos lugares ainda assim aqui na América do Sul… Por isso que gosto tanto de tudo isso…