21 de abril de 2018
Fazenda Pico Paraná
Há muito tempo, a gente queria fazer o Pico Paraná, a montanha mais alta da região Sul do Brasil. Carinhosamente chamado de PP pelos montanhistas, o seu cume fica a 1.877 m acima do nível do mar e sua ascensão é considerada de média a difícil, e só agora pude compreender o porquê.
Fomos com o Pedro Hauck do Gente de Montanha fazer essa aventura. Deixamos nosso carro na Fazenda Pico Paraná onde paga-se uma taxa de diária para o estacionamento. O local é amplo e há várias áreas para estacionar. Nesse local também há uma área de acampamento, cachoeira, lanchonete e banheiros.
Por ser um final de semana com feriado, haviam muitas pessoas pela fazenda, com a maioria tentando acampar nos acampamentos A1 e A2. Nossa programação era de acampar no Pico Itapiroca e no dia seguinte subir o Pico Paraná.
Começamos a caminhar ao meio dia e meia e o tempo todo foi de subida. Lembrou muito a subida das montanhas da Serra da Mantiqueira, como o Itaguaré, ou mesmo o Capim Amarelo da Serra Fina. A diferença é que aqui estamos na Mata Atlântica, então a umidade é maior, suamos mais e bebemos muito mais água.
Morro do Getúlio
Levamos cerca de 2 horas para fazer da fazenda até o Getúlio. Nesse trecho há alguns pontos de água pelo caminho, mas como estava bem abastecida, preferi seguir sem completar as garrafinhas. A trilha reveza trechos fechados de floresta (maior parte na sombra) e poucos trecho expostos ao sol.
A vista do Morro do Getúlio é linda. Podemos avistar o Itapiroca, Caratuva, Taipabuçu, Ferraria, Ferreiro, Guaricana, Serra Capivari, a Represa Capivari, a BR 116 com suas pontes e ao fundo a Serra da Bocaina. Muito bonito. Ficamos meia hora contemplando essa vista.
Desvio Itapiroca
A trilha que leva ao Pico Paraná é a mesma que leva ao Picos Caratuva e Itapiroca, sendo estes desvios da trilha principal. Os caminhos são bem demarcados, mas fique atento, pois para o Itapiroca a placa está um pouco escondida e pode-se passar direto. Pegamos água suficiente para passar a noite em um dos últimos pontos antes do desvio para o Itapiroca, pois lá em cima não tem água.
Do desvio do Caratuva até quase o cume do Itapiroca nos deparamos com uma trilha molhada, cheia de raízes expostas que tivemos de realizar escalaminhadas sobre elas para transpô-las, várias vezes. Nessa hora, o bastão de caminhada torna-se um grande problema e é melhor guardá-lo na mochila. É um trecho de subida inclinada sobre raízes, nada parecido com nenhuma outra trilha que já pegamos antes.
Pico Itapiroca
Chegamos na área de acampamento as 17:30h, com o sol já baixo e aquela cor dourada mágica no ar. A visão do Pico Paraná iluminado por essa luz é incrível. Dá vontade de só ficar olhando para ele vendo as nuances das cores que vão se formando em sua superfície rochosa.
Quando chegamos, os guias já haviam armado nossas barracas e o acampamento estava vazio. Entrei para trocar de roupa e subimos até o cume do Itapiroca para ver o pôr do sol. Quando retornamos, a área de acampamento estava lotada. Nem consegui achar a nossa barraca.
E por falar no pôr do sol… Uau! Que lindo! A visão do Pico Paraná a partir do itapiroca é incrível, pois ao fundo avistamos a baía de Antonina e Paranaguá. E do outro lado podemos ver Curitiba. Surreal!
Acampando no Itapiroca
Confesso que fez um frio considerável, mesmo estando no início do inverno. Mas como levamos nossas roupas de frio, estávamos bem confortáveis. O jantar foi feito pela guia Maria e estava delicioso. Ficamos conversando até a hora que bateu o sono e fomos descansar.
Veja o vlog desse dia de aventura:
Que empresas fazem esse serviço de guia e auxílio de acampamento? Tenho interesse nesse passeio!
Fomos com o pessoal do Gente de Montanha. Foram ótimos, vale a pena.