10 de fevereiro de 2018
Mais uma bela aventura no ar!
Nesse último Carnaval fechamos uma travessia a pé saindo de Mendoza na Argentina e chegando em Santiago no Chile em 5 dias, com o pessoal do Gente de Montanha.
Chegando em Mendoza
Chegamos em Mendoza no dia anterior e ficamos na cidade conhecendo tudo por lá, já que era nossa primeira vez na região. A cidade é muito bonita, cheia de praças, arborizada e pessoas muito simpáticas.
Início do Cruce de los Andes
No dia seguinte, saímos de Mendoza de ônibus fretado pela equipe Gente de Montanha com 33 clientes e mais cerca de 10 guias, entre eles o Maximo Kausch, um dos ícones do montanhismo no Brasil.
Percorremos cerca de 120 km de ônibus até Manzano Histórico em estrada asfaltada e mais 20 km até o Refúgio Portinari em 3 vans. No Refúgio Portinari fica a aduana Argentina e lá fizemos nossos trâmites de imigração. Esse trâmite durou cerca de 1:30 h, pois o grupo era grande demais. Lá nos foi oferecido um delicioso lanche/almoço.
Saindo da aduana rodamos mais 1:30h de Van até o Acampamento Yaretas, onde passamos a noite. Detalhe: no jantar nos foi servido um delicioso churrasco feito à moda dos gaúchos argentinos (nossos arrieros) e nem preciso dizer que estava ótimo!
11 de fevereiro de 2018
Trekking Cruce de los Andes: dia 1
Acordamos cedinho e depois do delicioso café da manhã preparada pela equipe do Gente de Montanha começamos a caminhada. A noite fez um frio considerável, mas como estávamos bem preparados (com sacos de dormir apropriados) não passamos nenhum perrengue.
O acampamento estava a 3.450m de altitude e foram 5 horas de caminhada, sempre subindo, até o Paso Portillo Argentino a 4.350m de altitude. Fomos bem devagar, respeitando o limite de cada um. Pelo caminho muitas pedras, montanhas, vento frio e um enorme prazer em andar pelos Andes.
Descendo do Portillo Argentino
Chegando no Paso o vento frio e cortante começou e foi nosso companheiro nas próximas 3 horas de descida pelo outro lado. Esse vento me lembrou muito o vendaval que ‘pegamos’ nesse dia da travessia do Circuito O em Torres del Paine no Chile. Nem conseguíamos tirar o anorak ou a bandana do rosto.
Eu estava com meu óculos de esqui (desde muito tempo queria um, pois para mim os óculos normais embaçam muito ao respirar com bandana) e foram muito eficientes. Sem contar que o excesso de pó que vem com o vento é ‘filtrado’ pelas espumas do óculos, sendo muito melhor para a gente respirar perfeitamente.
Do Paso (4.350 m) até o acampamento Rio Blanco (3.200 m) foram mais 5 horas, bem devagar, pois descer também não é fácil. Nesse dia de travessia foram então cerca de 2.000 m de desnível. Não é para poucos, hein?
Acampamento Rio Blanco
Chegamos ao acampamento já no entardecer. No total foram 10 horas de caminhada! Foi longa, mas foi gostosa, pois fomos bem tranquilos e todos respeitando o ritmo do outro, que nos faz andar com prazer.
O local de acampamento era ótimo: ao lado do rio e próximo a uma encosta de pedras, que nos abrigava do vento. Não tomei banho nesse dia (apenas usei lenços umedecidos), pois assim que chegamos, o sol se pôs e ficou bem frio para tomar banho no rio. Mas teve uns corajosos que encararam essa aventura!
O lanche e o jantar servido pelos guias e arrieros foi mais uma vez excelente! A noite foi tranquila e dentro da barraca a temperatura estava agradável.
Veja o nosso trajeto, cerca de 14 a 15 km:
Veja também o vlog que fiz nesse dia. Aproveita e inscreva-se no nosso canal do Youtube.
Veja a série do Cruce de los Andes completa:
Dia 1 – Esse post
Dia 2 – Bandeira de Lata e Refúgio Real de la Cruz
Dia 3 – El Caletón
Dia 4 – Paso Internacional Piuquenes
Show..
Obrigada Maria!
Lugar mágico e fotos maravilhosas, parabéns!
Obrigada Fernanda!
Muito show…
Só me tira uma dúvida, é possível fazer essa trilha sozinho?
Obrigado…
Conheço um casal que tentou fazer em 2017, mas como estava muito nevado, eles tiveram que abortar a expedição. Dá sim para fazer sozinho, mas a logística tem que ser bem planejada.