19 de junho de 2016 – Cume do Itaguaré
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O nascer do sol
Acordamos cedinho para ver o nascer do sol. Que lindo, ver o mar de nuvens sobre as cidades do Vale do Paraíba. De um lado o céu clareando, amarelo e laranja e do outro lado o céu escuro, azul róseo. Todos que dormiram no acampamento levantaram para apreciar esse espetáculo. Estava bem frio e ventava muito!
Após tomar nosso café da manhã (levamos achocolatado e pão de fubá) como todos os dias, queria fazer o ‘número 2’. Um dos maiores problemas na Serra da Mantiqueira é o lixo e os dejetos. Muitos trilheiros ainda fazem o ‘número 2’ no mato ou enterram lá no acampamento. Mas o solo é raso, pouco material orgânico e microrganismos que fariam a decomposição das fezes, então isso não é recomendado por lá. A solução do guia Carlos da Mantiex (que nos guiou até lá) é o shit tube.
Ele é composto por um tubo de plástico, jornal, cal, serragem e sacos plásticos. Você faz o ‘número 2’ no jornal com serragem, aplica a cal, embrulha e coloca no tubo dentro de um saco plástico, muito parecido como fazíamos no Monte Roraima. Chegando na cidade, o guia enterra os papelotes de jornal. É fácil de usar e eu aprovei! 😉
Ataque ao cume
Colocamos nossas cadeirinhas e pegamos a trilha para o cume do Pico do Itaguaré. O dia estava lindo e o mar de nuvens lá em baixo começava a se dispersar. A trilha segue pelas pedras, nada muito inclinado como o Pico dos Marins.
Passamos pelo cavalinho sem usar a corda e uma hora depois de sair do acampamento estávamos na última fenda para chegar no cume verdadeiro. Subimos a fenda com a corda, a cadeirinha foi apenas uma segurança plus caso escorregássemos. Muito tranquilo a subida! E enfim o cume!
Ficamos meia hora no cume, assinamos o livro, fotografamos e começamos a descer. Para descer a fenda também usamos a cadeirinha com corda e foi nesse momento que tive um pouco de medo. Ainda bem que é um trecho de 5 metros apenas, pois se fosse maior acho que eu travaria… Mas deu tudo certo!
Descemos até o acampamento, desmontamos as barracas e ao meio dia começamos a descer. Levamos só 2 horas para descer tudo! A trilha é fácil (puxada mas fácil) nada técnica como os Marins. Só achei que aqui há mais pontos de exposição ao precipício, por isso o uso de cadeirinhas oferece mais segurança.
Impressões dessa aventura:
Uau! Que pernoite linda! Delícia acampar. Por isso sou suspeita em falar dessa aventura! Mas vamos falar da trilha: limpa, bem demarcada, bons pontos de água até começar a escalaminhada. Lá perto do acampamento tem um ponto de água boa, mas com quase nenhuma corrente, por isso, seja bem cuidadoso ao usá-la: não a contamine, não lave nada nela, nem as mãos ou o rosto. Use-a apenas para retirar água para uso de cozinha e bebida. Claro, sempre usando clorin (para eliminar os microrganismos) e um filtro (para tirar a turbidez e partículas sólidas em suspensão). A vista? Ai, ai… Uma das mais lindas que já vi! O mar de nuvens é surreal! Ficou com vontade de ir lá agora mesmo? Vá! Curta essa natureza linda, mas por favor: #TragaSeuLixo. A Mantiqueira agradece! 😉
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