17 de abril de 2016

Desde a muito tempo queríamos subir ao Pico dos Marins, mas sempre adiávamos. Ouvi falar que era uma montanha técnica e resolvi preparar um pouco mais meu condicionamento antes de encará-lo. Com 5 quilos a menos, após 5 meses de exercícios funcionais e um corte nos carboidratos de alto índice glicêmico, resolvemos fazer essa montanha, nossa estréia na Serra da Mantiqueira.

No dia anterior chegamos em Guaratinguetá e ficamos no Hotel Lótus. Às 4:30h da madrugada do dia seguinte o guia Gerson Santos Expedições nos pegaram na portaria do hotel e de van fomos até o acampamento/estacionamento base do Pico dos Marins em Piquete (SP). A estrada de terra para chegar até o estacionamento estava em condições medianas, suficiente para carros baixos passarem. Como havia muitos buracos nessa estrada, cheguei enjoada no destino final.

Na lanchonete do local, tomamos um café da manhã gostoso, preparado em fogão a lenha e nos aprontamos para a saída. As 7 horas pegamos a trilha. Estávamos em 13 clientes e 3 guias.

A pedidos de vários leitores, começamos a gravar um vlog nesse dia de trilha. Você pode acompanhar esse vídeo no nosso canal do YouTube. Aproveite, inscreva-se no canal e fique por dentro de todos os próximos vídeos que serão postados.

Subindo o Pico dos Marins

O primeiro trecho é em estrada de terra, mesclado com mata, subidas moderadas e vistas para o vale. Chegamos no Morro do Careca meia hora depois e dali já podíamos ver o Pico dos Marins (2420 m) e Marinzinho. O dia estava com um céu azul incrível e as fotos e vídeo ficaram ótimas.

Do Morro do Careca em diante, a maior parte da trilha é exposta ao sol. Por isso é importante usar protetor solar, boné ou chapéu e até uma camiseta manga longa. Nós usamos a Camiseta Active Fresh da Curtlo.

 

Há muito capim elefante pelo caminho, cuidado para não se cortar. O ideal é usar luvas para proteger as mãos do capim e pedras que inevitavelmente você irá tocar/segurar pelo caminho. Após uma subida longa há um trecho em nível, antes do paredão de laje. A vista fica cada vez mais incrível.

Já na parte de subida nas pedras há o primeiro trecho técnico (escalaminhada). Se você usa bastão de caminhada, essa é a hora de guardá-lo, já que nessa situação ele só atrapalha. A subida dessa fenda é feita com segurança e é uma pequena escalada. Confesso que gostei da brincadeira… Decidir onde a gente vai colocar os pés e as mãos na rocha é excitante! E quando a gente chega lá em cima, o coração dispara e a adrenalina corre no sangue… Sensação boa demais!

Subimos cada vez mais e muitas vezes me senti o ‘homem aranha’, pois o aclive era tão intenso que as mãos tocavam no chão com facilidade. E quando eu não sabia como subir, lá estava o guia com a mão estendida para me ajudar a ‘encontrar’ o caminho certo pelas pedras. Uma frase não saía da minha cabeça: ‘quero ver descer isso daqui…’

Encontramos o Rafael do blog Seu Mochilão e a Gisele do blog A Montanhista em um dos paredões. Trocamos uma ideia e foi um prazer conhecê-los pessoalmente.

Descendo dos Marins

E depois de 4:20 h de subida intensa, chegamos ao pico! Que visual! Que dia lindo! Ficamos quase 1 h lá em cima, lanchando, contemplando e agradecendo por estar ali.

Descer, como eu tinha previsto, forçou bastante o joelho. Nos paredões mais íngremes algumas vezes desci sentada para evitar escorregar. Mas se você estiver com uma bota com bom solado, confie nela. A borracha ‘gruda’ na rocha e é seguro.

Levamos cerca de 4 horas para descer. Chegamos no final da tarde no acampamento base, exaustos mas felizes! Objetivo cumprido!

 

Impressões dessa aventura:

Sim, o Pico dos Marins é técnico. Muita escalaminhada, usa muita força nas pernas e braços, tanto na subida como na descida. Esteja um pouco preparado para fazer confortavelmente essa trilha. Não quero dizer que se você não estiver preparado não conseguirá. Consegue sim, mas irá sofrer e o que era para ser prazeroso, poderá acabar sendo traumático. A trilha estava limpa e bem demarcada. Sugiro que você faça outros picos na Serra da Mantiqueira antes dos Marins, o Pico Itaguaré por exemplo, para ir se preparando. Por causa da proximidade do local à capital paulista, é um destino bastante procurado, por isso conservar, trazer seu lixo e até seus dejetos de volta à cidade, é um ato de responsabilidade e respeito à nossa linda mãe natureza!

Veja também:

Acampamento no Pico Itaguaré

Ataque ao Cume do Itaguaré